Como
exemplo temos a herpes virose, bastante freqüente
em humanos, onde, o vírus costuma provocar vesículas
na região labial e das narinas, porém, nos
primatas como os sagüis, a doença se inicia
com o aparecimento de lesões severas na cavidade
oral evoluindo para uma encefalite que leva o animal à
morte. É bom mencionar que os primatas são
suscetíveis a doenças como tuberculose,
sarampo, caxumba, bastante controladas entre os humanos.
O meio silvestre não só concentra os agentes
patogênicos causadores de doenças já
conhecidas, como pode abrigar outros ainda não
descritos pela ciência. Como todo sistema que busca
o equilíbrio, os animais dispõem de meios
para sobreviverem no habitat natural criando mecanismos
de defesa ou sendo sucumbidos.
Tracemos um paralelo com o que ocorre nos aglomerados
urbanos, onde, pessoas se defrontam a todo instante com
agentes patogênicos que não encontram meios
para desencadearem a doença, principalmente quando
atingem indivíduos sadios ou imunizados.
Desde o momento em que os animais são retirados
de seu habitat natural, até chegarem a seu destino
final, são submetidos às condições
extremas de maus tratos que desencadeiam o stress, sendo
este o principal fator que favorece a instalação
e a manifestação de doenças.
É
dessa forma que, ao levar um animal silvestre para o interior
de seus lares, as pessoas estão se expondo a riscos
desnecessários.
Atualmente há uma grande preocupação
quanto à possibilidade na introdução
de doenças em estados ou países onde as
mesmas já foram controladas, ou, nem foram descritas.
Tal fato pode representar extremos prejuízos à
saúde e à economia, principalmente se atingirem
os animais de produção.
Além do mais, é desumano condenar um animal
à prisão quando a natureza lhe supre de
todas as necessidades, para garantir sua vida em liberdade.