Mesmo
os médicos veterinários especialistas em
animais silvestres têm grande dificuldade em diagnosticar
as doenças, podendo atribuí-la aos maus-tratos
e stress, condição que leva a queda da resistência
e propicia com que os agentes causadores de doenças
encontrem meios para se manifestarem ou se instalarem.
A quarentena de um mês é recomendada como
tempo mínimo de observação para a
manifestação de doenças. Porém,
quando se trata de enfermidade como a raiva não
há previsão de tempo que possa garantir
que o mamífero silvestre não esteja portando
o vírus, e; caso a doença venha a se manifestar,
não apresentará os sintomas descritos em
cães, gatos, bovinos.
Diante do risco, qualquer pessoa arranhada ou mordida
por algum mamífero silvestre deve, obrigatoriamente,
procurar um posto de saúde para ser imunizado contra
a raiva. Esse é apenas um exemplo, salientando
que, inúmeras doenças são transmitidas
pelo ar ou pela ingestão do agente.
A ornitose é um exemplo das zoonoses que acomete
as aves. Sua transmissão ao homem ocorre pelo ar
contaminado, podendo causar-lhe broncopneumonia.
Já os répteis são portadores de parasitas
intestinais e com facilidade contaminam o ambiente com
suas fezes. As crianças são as principais
vítimas devido ao contato próximo com o
animal e descuido com os hábitos de higiene.
As pessoas acreditam que, da mesma maneira com que mantemos
domiciliados os animais domésticos podemos fazê-lo
com os silvestres, mas estão enganadas!
Sob a ótica das doenças, devemos considerar
que para os domésticos não faltam profissionais
habilitados que cuidam de sua saúde e bem estar.
A maioria de suas enfermidades pode ser prevenida com
vacinas, e não faltam medicamentos disponíveis
no mercado. Já com relação aos silvestres,
dificilmente é encontrado um médico veterinário
especializado no seu atendimento, não existem vacinas
desenvolvidas para a prevenção de suas doenças,
e pouco se conhece sobre o emprego de medicamentos.
Assim, os animais silvestres também se tornam vulneráveis
as doenças que, muitas vezes são facilmente
tratadas em outras espécies, por não possuírem
defesa nem terapia para combatê-la.