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O Perigo do Animal Silvestre como Pet:
Transmissão de Doenças

Por Angela Maria Branco

Médica Veterinária Especialista em Saúde Pública e em Gestão Ambiental pela Universidade de São Paulo.
Secretaria do Verde e do Meio Ambiente da Prefeitura
Municipal de São Paulo.
Conselheira Técnica da RENCTAS.

 

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Mesmo os médicos veterinários especialistas em animais silvestres têm grande dificuldade em diagnosticar as doenças, podendo atribuí-la aos maus-tratos e stress, condição que leva a queda da resistência e propicia com que os agentes causadores de doenças encontrem meios para se manifestarem ou se instalarem.

A quarentena de um mês é recomendada como tempo mínimo de observação para a manifestação de doenças. Porém, quando se trata de enfermidade como a raiva não há previsão de tempo que possa garantir que o mamífero silvestre não esteja portando o vírus, e; caso a doença venha a se manifestar, não apresentará os sintomas descritos em cães, gatos, bovinos.

Diante do risco, qualquer pessoa arranhada ou mordida por algum mamífero silvestre deve, obrigatoriamente, procurar um posto de saúde para ser imunizado contra a raiva. Esse é apenas um exemplo, salientando que, inúmeras doenças são transmitidas pelo ar ou pela ingestão do agente.

A ornitose é um exemplo das zoonoses que acomete as aves. Sua transmissão ao homem ocorre pelo ar contaminado, podendo causar-lhe broncopneumonia.

Já os répteis são portadores de parasitas intestinais e com facilidade contaminam o ambiente com suas fezes. As crianças são as principais vítimas devido ao contato próximo com o animal e descuido com os hábitos de higiene.

As pessoas acreditam que, da mesma maneira com que mantemos domiciliados os animais domésticos podemos fazê-lo com os silvestres, mas estão enganadas!

Sob a ótica das doenças, devemos considerar que para os domésticos não faltam profissionais habilitados que cuidam de sua saúde e bem estar. A maioria de suas enfermidades pode ser prevenida com vacinas, e não faltam medicamentos disponíveis no mercado. Já com relação aos silvestres, dificilmente é encontrado um médico veterinário especializado no seu atendimento, não existem vacinas desenvolvidas para a prevenção de suas doenças, e pouco se conhece sobre o emprego de medicamentos.

Assim, os animais silvestres também se tornam vulneráveis as doenças que, muitas vezes são facilmente tratadas em outras espécies, por não possuírem defesa nem terapia para combatê-la.

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