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rograma Pró-Animal, Pró-Anima.--
 

Projeto CEMAS

Um hospital para animais silvestres
O primeiro CEMAS
Colaborando com a pesquisa
A posse de animais silvestres
A guarda doméstica de animais silvestres

 

 

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A guarda doméstica de animais silvestres

Por que as pessoas querem possuir animais silvestres? A resposta de Angela foi imediata: "Porque eles são apaixonantes! Os filhotinhos são lindos e se apegam à gente! Mas quando crescem, alguns se tornam inconvenientes para seus donos por causa de seus hábitos ou de seu porte, e as pessoas querem se desfazer deles chegando até a soltá-los, achando que irão se adaptar à natureza".

Ângela alerta que, a posse ilegal de animais silvestres é considerada crime, incorrendo o infrator em pena de detenção de seis meses um ano e multa. Lembra ainda que, a natureza supre todas as necessidades dos animais, e que quando são dela retirados, estão perdidos para a conservação da espécie no meio natural. Animais silvestres também são potencialmente portadores de doenças naturalmente transmissíveis para o homem, e é um grande risco mantê-los domiciliados com total segurança.

Abandonar animais também é um crime contra a fauna e o meio ambiente, pois esse animal poderá morrer por falta de aprendizado e condições de viver em liberdade, uma vez que tornou-se dependente do homem, e caso sobreviva, a espécie a que ele pertença poderá ser de outra região do país, e poderá causar algum dano as espécies que já vivam naturalmente na área. Ainda há o risco de introdução de uma doença, que esse animal possa ter adquirido, e que não esteja ocorrendo no meio silvestre onde ele foi solto.

Por essas razões recomenda que, quem é apaixonado por animais silvestres procure colaborar com entidades e instituições que desenvolvam trabalhos de proteção, conservação e preservação de fauna silvestre, para que eles possam continuar desempenhando seu papel na natureza, vivendo em liberdade.

Embora haja exceções, a legislação brasileira proíbe a guarda doméstica de animais silvestres em cativeiro. Mas a prática é comum em todos os países estimulando o tráfico que é considerado o terceiro maior comércio ilegal do mundo. Segundo as estimativas, o Brasil, de onde são retirados ilegalmente cerca de 16 milhões de animais todos os anos, desponta como um dos maiores exportadores, respondendo por 15% do volume total.

Uma arara é vendida no mercado internacional por cerca de R$ 4.000,00, enquanto um papagaio alcança aproximadamente R$ 1.500,00. No total, acredita-se que o volume de recursos chegue a US$ 10 bilhões, o que corresponde a quase 20% do movimento financeiro brasileiro. Internamente, o comércio ilegal, que atende a particulares e colecionadores, mantém vendas abertamente em feiras e beira de estradas.

A Polícia Florestal e de Mananciais, em conjunto com o DEPRN e o IBAMA, realiza operações sistemáticas para reprimir a caça e o tráfico de animais silvestres. No ano passado, 9.652 animais foram apreendidos e, em 2001, 10.286 animais. Segundo capitão Milton Nomura, esses animais foram levados para o IBAMA, institutos particulares e outros locais.

Tanto no caso de tráfico quanto no da manutenção de animais silvestres em cativeiro, o infrator sofre as sanções previstas na Lei de Crimes Ambientais, que prevê detenção sem fiança e multa de R$ 7.500,00, além da instauração do processo penal.

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