A
posse de animais silvestres
A
posse ilegal de animais silvestres é considerada
crime, incorrendo o infrator em pena de detenção
de seis meses um ano e multa.
A natureza supre todas as necessidades dos animais, e esses
quando dela retirados estão perdidos para a conservação
da espécie no meio natural. Animais silvestres também
são potencialmente portadores de doenças naturalmente
transmissíveis para o homem, e é um grande
risco mantê-los domiciliados com total segurança.
Abandonar animais também é um crime contra
a fauna e o meio ambiente, pois esse animal poderá
morrer por falta de aprendizado e falta de condições
de viver em liberdade, uma vez que se tornou dependente
do homem. Caso sobreviva, a espécie a que ele pertença
poderá ser de outra região do país,
e o animal poderá causar algum dano à espécie
que já vivam naturalmente na área. Ainda há
o risco de introdução de uma doença
que o animal possa ter adquirido, e que não esteja
ocorrendo no meio silvestre onde ele foi solto.
Por
essas razões é recomendado que, quem é
apaixonado por animais silvestres procure colaborar com
entidades e instituições que desenvolvam trabalhos
de proteção, conservação e preservação
de fauna silvestre, para que eles possam continuar desempenhando
seu papel na natureza, vivendo em liberdade.
Embora haja exceções, a legislação
brasileira proíbe a guarda doméstica de animais
silvestres em cativeiro. Mas a prática é comum
em todos os países estimulando o tráfico que
é considerado o terceiro maior comércio ilegal
do mundo. Segundo o relatório da Renctas - Rede Nacional
de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres, somente
no Brasil são retirados ilegalmente cerca de 38 milhões
de animais todos os anos.
Uma arara Canindé pode ser vendida no mercado internacional
por cerca de R$ 20.000,00, enquanto um papagaio verdadeiro
alcança aproximadamente R$ 2.000,00. No total, acredita-se
que o volume de recursos chegue a US$ 2 bilhões,
somente no Brasil. Internamente, o comércio ilegal
atende a particulares e colecionadores e mantém vendas
em feiras e estradas, apesar da fiscalização.
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